Maria de Lourdes Oliveira da Silva

Ô minha avó querida, quantos anos de vida, mas quero repor um novo jeito de contar;
Quantos netos, bisneta a senhora ganhou? Quantos domingos animados, sonhos realizados a senhora conquistou?

Não lembro de nenhuma palmada, castigo ou mesmo a senhora brava. Mas lembro dos seus sorrisos, até mesmo gargalhadas, do carinho, da bença e da cadeira na calçada;

E da sua mocidade vó, eu não participei, mas ouvindo as histórias ainda mais me orgulhei, dirigindo jipe e moto pode ter certeza, que essa minha avó tira qualquer dificuldade e letra, tudo isso porque ela tem um poder especial, que vem de um coração fenomenal;

Capitão, mugunzá, arroz doce, bolo mole, feijão…. O feijão é bom demais vó, a senhora sabe mimar a gente, deixar contente, e faz questão de ser a melhor. Nem imagino como podia ser melhor, ou talvez saiba, mas a garganta da um nó e me impede de falar, porque tudo que é bom pra sempre deveria durar;

E nesse poema eu preciso falar das rosas, porque assim como a senhora, cheirosa, linda e delicada enfeitam e dão vida a qualquer morada, não importa de verdade qual a sua cor, vermelha, rosa, branca, amarela, essa última sem dúvida é a mais bela e tira da senhora o mais lindo sorriso, que ilumina nossa família e nos serve de abrigo.

Eternas saudades vozinha!

Luto 24.06.2020